Estas semanas conhecemos a força da internet e das mídias sociais.

De um lado vimos um grupo de pessoas apoiando os negócios de empreendedores, levando novos clientes e faturamento para seus negócios e atividades. Assim foi com o jardineiro e agora com o camiseiro. Esta face da internet é muito bonita e enriquecedora.

Mas o outro lado é também muito forte e intenso. O lado da destruição de pessoas e reputações. Vimos também uma advogada e professora ter sua vida violada por um vídeo descontextualizado. Não foi um vídeo aonde a pessoa aparece em cenas de sexo ou em algum embate ético ou moral, a pessoa estava apenas se exercitando com amigas num belo dia de sol.

Isto posto, a reflexão que a sociedade e seus cidadãos precisam fazer urgentemente tem três principais pilares:

Não produza informação falsa ou descontextualizada

Produzir informação falsa ou descontextualizar informação verdadeira poderá gerar um imenso impacto destrutivo na vida de pessoas ou de empresas.

Quando se produz material e divulga, perde-se o controle sobre este, que poderá inclusive tomar uma proporção ou caminho não desejado. Mesmo que seja brincadeira com um amigo, deve-se tomar muita cautela. Com o avanço da legislação, da profissionalização dos operadores do direito, a cadeia de custódia da produção de provas está ganhando elementos e técnicas que fica muito difícil se esquivar da autoria do material e da participação na propagação. Ou seja, quem está produzindo e propagado este tipo de material está sendo punido.

Não propague vídeo, imagens e textos que não sabe a procedência ou o contexto

A sociedade precisa fazer uma reflexão profunda neste hábito de propagar informações que não se tem certeza da veracidade, do contexto e da exatidão. A facilidade do clique da mídias sociais, e de aparentemente estar anonimo leva as pessoas a acreditar que podem postar sem serem descobertos ou punidos. Isto não é mais verdade. O trabalho das polícias civil e federal tem sido essenciais para a punição de quem produz e propaga informações. Os advogados estão muito bem preparados para a investigação e produção de provas, bem como o ministério público e a magistratura.

Não instigue, não julgue e não condene. Não propague discurso de ódio.

Propagar estas informações é o que dá sustentação e volume a estes crimes cibernéticos. A educação das pessoas tem que ser ampla, pois a conscientização do papel de cada um na cadeia de propagação destes crimes é fundamental para desmonta-los e inativa-los.

Basta de Cliques Inconsequentes!!!

A sociedade organizada tem instituições sólidas trabalhando para lidar com estes assuntos de forma ética, moral, prática e de satisfação social. Senadores, deputados federais e estaduais, vereadores, além dos magistrados, advogados, promotores, cartorários e todos aqueles envolvidos na criação de um arcabouço de ferramentas para contenção destes crimes. A sociedade não pode fazer “justiça com as próprias mãos”, pois estas situações saem do controle com muita facilidade, e o objetivo de justiça vira apenas vingança cega, desrespeito, novos crimes, pessoas e famílias destroçadas.

  • Seja consciente. Seja humano. Seja empático.
  • Não produza, não propague e não condene. A próxima vítima pode estar no seu circulo pessoal.

A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) é a mais nova ferramenta a disposição da sociedade para frear os abusos cometidos contra as pessoas naturais e seus dados.

A Força da Internet. Boa e Má.
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